São exatamente 2h38 da manhã do dia 07 de Junho de 2012, início do feriado de Corpus Christi. Como de costume me levantei pela manhã, peguei meu irmão na escola e fui trabalhar. Enfrentei um baita engarrafamento (e olhe que moro no nordeste, considerado por muitos o interior do Brasil), depois de vário sinais vermelhos, muitas buzinadas e chingamentos cheguei ao trabalho. Como cheguei um pouquinho antes do horário, pedi um minutinho a minha chefe pra terminar um trabalho da faculdade. Adiantei o que pude, bateu minha hora, comecei a pegar no trampo. Corri pra lá e pra cá e depois de ser tratada "quiném" (no dicionário nordestino, o equivalente a "igual") nada pela estagiária do setor 'sem-nome' fui correndo arrumar minha papelada, dar um jeitinho na sala pra poder "pegar o beco" a final essa é a semana de prova na facul. Saí correndo na esperança de não pegar trânsito, mas advinha?! Mais congestionamento, mais buzinas, mais chingamentos. Depois de quase ter o carro batido por um 'grandão' de carro importado que avançou o sinal na minha frente deixei a chefe pertinho de sua casa. Em seguida corri pra minha sala na facul e abrir o notebook pra terminar o trabalho. Sai da sala em direção à fila pra o elevador pra imprimir o trabalho na barraquinha do Edu. Volto pra fila do elevador e guando finalmente chego na sala percebo que o professor já saiu. Pego outra fila de elevador, desço, atravesso a rua para o outro bloco na tentativa de ainda acha-lo. Enfrento outra fila, mas nada do homem. Pergunto na secretaria e dizem que ele está em outro bloco (Haja paciência!). Desço correndo as escadas e novamente atravesso a mesma rua sentido 'voltando a estaca Zero'. Chegando à outra secretaria recebo a notícia que ele já se foi e só sábado poderei entregar meu trabalho (Lindo, não?!). Volto pra mais uma fila pra o elevador, mas dessa vez, a última. Vou pro carro louca pra chegar em casa, mas o que encontro pela frente é mais uma seção de engarrafamento, chingamentos e buzinas. Depois da longa e 'emocionante' viagem de volta pra casa, cheguei no meu destino. Véspera de feriado, todo mundo saindo, viajando, namorando e o que meu corpo está pedindo é: cama. Depois de relaxar, comer e ver um pouco de TV, chegou a hora de dormir, Ufa! Mas... Cadê o sono mesmo? Nada de sono, começo a refletir sobre o dia a dia, as pessoas, as famílias, a sociedade pós-moderna, o mundo do capitalismo, o amor ao dinheiro, a liberalidade desacerbada, o consumismo desenfreado, a falta de amor próprio e ao próximo, por outro lado o egoísmo e o egocentrismo, a hipocrisia da religiosidade, a falsa moral, a agitação da vida do ser humano do século XXI e a impessoalidade que isso trás. Enfim, eu poderia passar a noite toda descrevendo o que eu estou pensando, mas quero encerrar este post com uma frese que soa triste, mas é a pua verdade: Se o mundo continuar assim, não vai demorar muito pra ele se tornar um lugar impossível de se viver (bem).